terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Operação Calouro: Polícia Federal divulga novo balanço

Do portal Terra 18 de Dezembro de 2012 • 17h23 • atualizado às 17h37

operação calourosA Polícia Federal divulgou na segunda-feira o último balanço da Operação Calouro, deflagrada na semana passada. Até a ocasião, a PF já havia realizado 51 prisões, sendo 18 em Goiás, nove em Minas Gerais, cinco no Rio de Janeiro e em São Paulo, quatro no Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, três em Tocantins, duas no Espírito Santo e uma no Acre.

A Superintendência da Polícia Federal foi responsável por centralizar a Operação Calouro em razão de ter, há cerca de uma no meio, iniciado as investigações. Com o trabalho, os policiais identificaram cerca de sete grupos de fraudadores, sendo que pelo menos dois atuam há mais de 15 anos.

Até o momento, não foi possível precisar quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema, mas o material apreendido durante a operação ainda encontra-se sob análise, o que pode trazer novos fatos para a investigação.

De acordo com a PF, a primeira fase das investigações foi voltada aos membros permanentes da quadrilha. Somente na segunda fase é que o foco será nos alunos beneficiados pelo esquema. Os estudantes que forem identificados serão indiciados e, posteriormente, responderão a processo criminal. Em seguida, tão logo os dados possam ser compartilhados com as instituições de ensino vítimas do esquema, os alunos podem ser excluídos administrativamente ou judicialmente.

As equipes policiais envolvidas na Operação Calouro também identificaram que cada quadrilha tinha uma forma de cobrança, mas, via de regra, o recebimento era apenas após a aprovação no vestibular. Algumas quadrilhas, contudo, cobravam adiantamento, que variavam entre R$ 2 mil e R$ 5 mil. Das investigações efetuadas até o momento, cerca de 40 instituições de ensino superior foram vítimas das quadrilhas.

O trabalho de quantificação do lucro obtido pelas quadrilhas continua sendo realizado. Segundo a polícia, os líderes das quadrilhas, que agem primordialmente por meio de transmissão eletrônica dos gabaritos, recebem, em média, R$ 15 mil por aluno. Já os "corretores" ficam com a diferença (entre R$ 10 mil e R$ 30 mil por aluno). Os "pilotos" recebem entre R$ 5 mil e R$ 10 mil por gabarito, e os líderes das quadrilhas que agem por meio de substituição recebem valores maiores: entre R$ 45 mil e R$ 80 mil.

Entre os principais pilotos estavam estudantes de medicina, mas também havia engenheiros e estudantes de "cursinhos" preparatórios para vestibular.

PF cumpre 70 mandados de prisão de suspeitos de fraudar vestibulares

Do G1 12/12/2012 09h38

Operação Calouro investiga fraudes em vestibulares de medicina.

Mais de 290 policiais foram mobilizados em 10 estados e no Distrito Federal.

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (12) a Operação Calouro, que deve cumprir 70 mandados de prisão de suspeitos de integrar organizações criminosas especializadas em fraudar vestibulares de medicina em todo o Brasil. Além dos mandados de prisão, a Justiça Federal de Vitória (ES) expediu outros 73 mandados de busca.

De acordo com a PF, mais de 290 policiais federais em 10 estados e no Distrito Federal estão mobilizados na operação.

saiba mais

A assessoria de imprensa da PF no Espírito Santo afirmou que, até as 9h30 desta quarta, ainda não tinha um levantamento de quantos mandados haviam sido cumpridos, mas informou que a atuação dos suspeitos envolviam processos seletivos de pelo menos 20 instituições de ensino superior.

Uma entrevista coletiva será realizada ainda na manhã desta quarta para apresentar o balanço da operação.

Em comunicado divulgado nesta quarta, a Polícia Federal afirmou que as investigações de fraudes em vestibulares de medicina foram feitas ao longo de um ano e seis meses e, de acordo com as apurações, "as organizações criminosas agem por meio de diversos métodos clandestinos para atingirem o objetivo de fraudarem os vestibulares, seja por meio da falsidade documental e substituição do aluno durante as provas, seja por meio da produção de um gabarito e sua difusão não autorizada e clandestina por algum meio eletrônico aos alunos".

Ainda segundo a nota, essas organizações são "altamente especializadas, lucrativas, organizadas e disseminadas". A PF ressaltou a "nocividade das quadrilhas" e afirmou que as instituições que oferecem cursos de medicina "são ludibriadas em seu processo de seleção dos melhores alunos interessados no ingresso, seja para o meio médico, que recebe profissionais completamente alheios aos princípios éticos, seja para a saúde pública em geral, que será atendida por profissionais com sérios desvios de conduta".

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem vindo ao Lumturo Strigo Compliance Consulting, seu portal de GRC Governança, Risco e Compliance. Seus cometários, questões e sugestões são sempre bem vindos. Nossa motivação é a sua clareza! Nosso conceito é Growing with Guidance!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...